No 7 de setembro, Maxwell destaca contribuição de Altos para a Independência do Brasil

O prefeito de Altos, Maxwell da Mariínha, em discurso na manhã de hoje, em ato cívico de comemoração ao 7 de setembro, data em que se comemora a Independência do Brasil, destacou a contribuição que Altos deu em contexto nacional.

Ao discorrer sobre a história da Independência do Brasil e a importância do Piauí e de Altos no contexto da épica Batalha do Jenipapo emprestando o heroísmo de seus combatentes para o Brasil se ver livre da colonização de Portugal, o prefeito concluiu que “Temos no presente, o sangue dos heróis do passado. Por isso acreditamos e trabalhamos para um futuro grandioso e que honre a nossa história”.

Confira a íntegra do discurso:

Altos: um passado heróico

A proclamação da Independência do Brasil, a 7 de setembro de 1822, declarada por Dom Pedro, às margens do Ipiranga, com o grito de “Independência ou morte”, não foi aceita pacificamente pelas tropas portuguesas nem pelas elites de portugal que ocupavam os mais altos cargos na Colônia instalada em nosso país. Foi o estopim para que fosse deflagrado resistência em várias capitanias para que o processo separatista entre Portugal e Brasil não se efetivasse.

Nesse meio tempo, o Piauí foi determinante para a independência do Brasil. Isso ocorreu porque os piauienses se colocaram, desde o início, contra os planos de ceder as regiões Norte e Grão Pará, que compreendem atualmente o Norte e Nordeste brasileiro, para Portugal, a fim de se instituir a Lusitânia portuguesa.

Os piauienses encontraram resistência da Coroa na pessoa do seu governador de Armas João José da Cunha Fidié a partir da insurreição de líderes na Vila da Parnaíba declarando adesão do Piauí à Independência no dia 19 de outubro de 1822. O movimento piauiense tomou fôlego em diversas cidades com adesões. Logo contrataram guerrilheiros vindos do Ceará, que já havia se declarado independente, Pernambuco e Bahia. Os insurgentes tiveram que aplicar uma elevada soma em recursos financeiros para contratação das forças de combate, mas mesmo com armas rupestres como foices, machados e enxadas contra artilharia de ponta com armas de pólvora os piauienses se saíram vitoriosos às margens do Rio Jenipapo, em Campo Maior, no longo duelo conhecido por Batalha do Jenipapo.

Segundo o historiador Bugyja Brito, no livro “A Independência do Piauí”, os piauienses foram responsáveis pela existência da nação brasileira. Somos um país de 8 milhões e meio de quilômetros quadrados graças aos feitos heroicos do Piauí nas datas de 19 de outubro (independência de São João da Parnaíba), 24 de janeiro (independência de Oeiras com a tomada da casa da pólvora) e 13 de março (com a batalha do Jenipapo).

Os altoenses, em consequência, tiveram grande participação nos feitos heroicos do princípio do século XIX. As informações são desvendadas pelo historiador e jornalista altoense Toni Rodrigues em seu livro “Sobre Mercenários e Libertadores”. Ele conta que, na época, o território de Altos era uma fazenda e sua jurisdição pertencia à freguesia de Campo Maior. O jovem tenente Domingos de Paiva Dias, filho do fazendeiro João de Paiva, foi encarregado de recrutar combatentes para a histórica batalha de 13 de março. E o fez na vasta região entre Campo Maior e a Barra do Poti, hoje a cidade de Teresina, compreendendo sesmaria que daria origem ao nosso município de Altos.

O fato é que Altos emprestou a coragem de seus homens há 198 anos escrevendo um primoroso capítulo da história nacional dando sua importante contribuição quando se completam 199 anos desde a Independência do Brasil.

Temos no presente, o sangue dos heróis do passado. Por isso acreditamos e trabalhamos para um futuro grandioso e que honre a nossa história”.